Freixo de Espada à Cinta

A Vila transmontana fronteiriça de Freixo de Espada à Cinta encontra-se repleta de história com inúmeras portadas e janelas de estilo manuelino.

Nos finais do séc. XV e durante a centúria seguinte, os Judeus expulsos da Espanha recém-unificada pelos Reis Católicos acolheram-se na raia portuguesa. Nesta zona transmontana, devido ao seu condicionalismo geográfico acentuado pelo selvático e rude recorte das arribas do Douro, pela proteção dos maciços montanhosos, por ser geologicamente zona sempre hostil, inacessível e apertada, fez desta encoberta parte do território nacional o colo ideal para a sua proteção. Os símbolos mágico-religiosos associados à arquitetura quinhentista e que expressam a presença judaica na nossa região, Hanukiats, Menoraths, Mezuzhats. Hexagramas (estrela de David), Pentagramas (selo de Salomão), Cruciformes. Todos estes símbolos surgem com maior frequência nas ombreiras biseladas das portas das casas quinhentistas, acompanhados de vãos desalinhados de portas e janelas.  Por uma fortíssima tradição oral somos informados que qualquer casa que ostente um cruciforme foi pertença ou habitada por judeus/cristãos-novos, que tentando minimizar as perseguições da Inquisição, manifestavam na gravação de uma cruz no exterior da casa que habitavam a sua conversão ao cristianismo. Intuímos que devido ao imenso medo emergente à época, todos os locais onde habitariam judeus/cristãos-novos, não estariam totalmente demarcados havendo seguramente uma espécie de coabitação entre todos os habitantes de Freixo de Espada à Cinta. 

Contactos:
1 - Jorge Duarte
Técnico Superior
Museu da Seda e do Território de Freixo de Espada à Cinta
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279 658 163

2- Posto de Turismo
279 653 480
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