Rede de Judiarias de Portugal

Elvas

A cidade de Elvas, recém nomeada Património Mundial da Humanidade da Unesco era, durante a idade média, uma das 6 mais populosas de Portugal. A influência de árabes e judeus, com a existência de mesquitas e sinagogas constituiu essa importância.
O vasto centro histórico é cercado de muralhas, aliás, das mais imponentes e significativas do país.
Desde 1386 que existem provas documentais sobre a existência de judiaria em Elvas. A Velha, localizada exteriormente à Alcícova, englobava provavelmente as Ruas Nova (ou do Alcamin) a das Portas de Olivença e Évora.
A Nova envolveria mais a zona da Praça Nova, Rua da Feira, Rua Carreira dos Cavalos.

Já em tempos dos cristãos-novos muitos dos descendentes alastraram a habitações na Praça, rua da Feira e junto às Portas de Olivença e Évora. Também em Vila Boim existiu uma terceira judiaria. Em 1438, D. Afonso V fax carta de mercê de Rabi a Mestre Abraão, como responsável dos judeus da cidade.
As cantigas de amor de Vidal, judeu d’Elvas, escritas entre 1320 e 1340 são exemplo de um ambiente já então muito presente no início do séc XIV.

A presença judaica em Elvas é conhecida desde a época islâmica (714-1230). É nesta época que se forma a Judiaria Velha, um primeiro bairro que incluía o espaço que é hoje a Praça da República e que foi até 1511 um conjunto de ruas e travessas, caso das actuais ruas dos Sapateiros, dos Açougues, de Aires Varela, de João de Olivença, de Martim Mendes, de Isabel Maria Picão, Arco dos Pregos e Portas do Sol. Com o aumento desta comunidade, em meados do séc. XIV foi necessária a criação de uma nova judiaria: a Judiaria Nova, mais perto do castelo.

Uma das famílias de cristãos-novos elvenses mais conhecida é a de António Gomes de Elvas Coronel e do seu bisneto Luís Gomes de Elvas Coronel, descendentes directos do rabi-mor de Castela, Abraham Senior, o homem mais rico da Península Ibérica no séc. XV, financiador de uma das viagens à América de Cristóvão Colombo. Luís decidiu comprar o ofício de correio-mor do Reino, passando a administrar todos os correios de Portugal.

A mais provável das sinagogas de Elvas situa-se na Rua dos Açougues num edifício que foi adaptado pela Câmara de Elvas a açougue público no início do séc. XVI. Trata-se possivelmente da maior sinagoga medieval existente em todo o país. Na cidade de Elvas ficaram diversos vestígios judaicos. É o caso das marcas cruciformes, símbolos de cristianização de possíveis moradas de judeus/cristãos-novos. São várias as que se encontram no nosso Centro Histórico. Descubra-as!


LOCAIS A VISITAR

Centro Histórico
Judiaria
Fonte de Sta Luzia – Museu Militar
Torre Fernandina (séc XIV) – História das muralhas
Centro Interpretativo do Património (nas antigas casernas do Regime de Infantaria)
Museu de Arte Contemporânea (no antigo hospital)
Património Arqueológico do concelho (períodos neo-calcolítico, do ferro, romano e medieval)
Igreja De Nª. Srª. Assunção (antiga Sé-Catedral de Elvas)

Posto de Turismo – Praça da República
Telefone: 268 622 236
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Contactos:

Câmara Municipal de Elvas

Rua Isabel Maria Picão

Apartado 70

Telefone: 268 639 740

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Posto de Turismo – Praça da República 

Telefone: 268 622 236

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