Rede de Judiarias de Portugal

Gouveia

A cidade de Gouveia, desde sempre muito ligada ao trabalho artesanal e depois industrial da lã (uma situação corrente nas localidades da Serra da Estrela) teve o primeiro foral concedido em 1186.

O símbolo mais importante da presença judaica está patente na lápide, escrita em hebraico (presente no Museu de Arte Sacra) datada de 1496 e que se refere à construção da última sinagoga sefardita construída na Península Ibérica antes dos decretos de expulsão em Espanha e Portugal.

A mais antiga referência à presença judaica em Gouveia data contudo de 1334. Na época de edificação da referida sinagoga, a comunidade havia crescido exponencialmente, também com muitos dos refugiados espanhóis. Nomes como os Faravam, Baruc, Navarro, Adida, Picorro e Abenazo representavam influentes famílias.

Também nas freguesias de Melo, Folgosinho e Nabais (em especial no local de Nabainhos) existem muitas referências à presença hebraica e cristã-nova.

No período dos cristãos-novos, está documentada em processos a acusação da inquisição contra dezenas de naturais ou moradores de Gouveia.

A antiga judiaria dever-se-ia ter localizado nas actuais ruas de Cima, República (parte), das Nogueiras (parte), da Carreira Velha, das Flores do Ouvinho e Travessa da Biqueira.

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